Crônica - A METAMORFOSE
(Crônica escrita para a versão "on-line" do Jornal laboratório " Entrevista" da Universidade Católica de Santos . - março -2010)Marcia Leite -5º semestre noturno
Chegamos à Universidade na mesma condição de espermatozóides vencedores da corrida para a fecundação do óvulo. Nascemos em ninhada, éramos muitos, barulhentos, irritantes, chorões.
Percebemos nossa insignificância em relação ao novo mundo e unimo-nos. Agíamos então em bando, bando de camundongos. Espreitávamos pelas frestas dos corredores, salas de aula, laboratórios, mesas e computadores. Tramávamos planos infalíveis.
Olhávamos com desconfiança os ratos maiores e mais antigos, além de outras feras e predadores que nos cercavam. Tocaiavam.
Impiedosamente, fomos atiçados e provocados pelos treinadores. Invariavelmente, éramos acordados nas madrugadas, atirados ao relento, expostos ao calor escaldante do sol e ao frio da chuva.
Percorremos feiras, cemitérios, o cais do porto, favelas, morros; éramos a escória, numa luta incessante pela sobrevivência. Conhecemos a difícil vida dos ratos largados pelas ruas.
Tivemos algumas baixas e deserções, sem honrarias ou cerimoniais. Ficamos enraivecidos, nos rebelamos, revolucionamos, viramos ratos em fúria. Crescemos, aparecemos , nos transformamos.
O novo verão substituiu a feia pelagem cinza por uma pele mais lustrosa, escorregadia e safa. Aprendemos a nadar e a fazer acrobacias, viramos focas, agora, mais graciosas, mais simpáticas, menos agressivas, com direito a comida e aplausos pela missão cumprida, na sequência do rigoroso processo de adestramento.
Felizmente, não nos transformamos em orcas e não houve, por ora, nenhuma Shamu-Tillikun com ação concreta de assassinar o treinador em plena atividade e em frente à platéia. O futuro dirá e mostrará outras metamorfoses, desta vez, individuais.
Aguardemos pois : águias, para grandes vôos; linces, com olhos precisos; raposas; leões; corujas, e, por fim, perdigueiros, com bom faro para a notícia.
Percebemos nossa insignificância em relação ao novo mundo e unimo-nos. Agíamos então em bando, bando de camundongos. Espreitávamos pelas frestas dos corredores, salas de aula, laboratórios, mesas e computadores. Tramávamos planos infalíveis.
Olhávamos com desconfiança os ratos maiores e mais antigos, além de outras feras e predadores que nos cercavam. Tocaiavam.
Impiedosamente, fomos atiçados e provocados pelos treinadores. Invariavelmente, éramos acordados nas madrugadas, atirados ao relento, expostos ao calor escaldante do sol e ao frio da chuva.
Percorremos feiras, cemitérios, o cais do porto, favelas, morros; éramos a escória, numa luta incessante pela sobrevivência. Conhecemos a difícil vida dos ratos largados pelas ruas.
Tivemos algumas baixas e deserções, sem honrarias ou cerimoniais. Ficamos enraivecidos, nos rebelamos, revolucionamos, viramos ratos em fúria. Crescemos, aparecemos , nos transformamos.
O novo verão substituiu a feia pelagem cinza por uma pele mais lustrosa, escorregadia e safa. Aprendemos a nadar e a fazer acrobacias, viramos focas, agora, mais graciosas, mais simpáticas, menos agressivas, com direito a comida e aplausos pela missão cumprida, na sequência do rigoroso processo de adestramento.
Felizmente, não nos transformamos em orcas e não houve, por ora, nenhuma Shamu-Tillikun com ação concreta de assassinar o treinador em plena atividade e em frente à platéia. O futuro dirá e mostrará outras metamorfoses, desta vez, individuais.
Aguardemos pois : águias, para grandes vôos; linces, com olhos precisos; raposas; leões; corujas, e, por fim, perdigueiros, com bom faro para a notícia.
BEM - VINDOS FOCAS- UNISANTOS 2010!