domingo, 27 de dezembro de 2009

O DIA EM QUE A CIDADE PAROU



Era uma segunda-feira chuvosa, em pleno friozinho de outuno. Como de hábito, pulei cedo da cama, tomei meu banho e já me preparava para mais um dia de trabalho. Enquanto me arrumava, ouvi a notícia pelo rádio : - Boletim extraordinário! Atenção! Chega hoje à Santos a Tsunami. Maiores informações serão divulgadas em nossa programação normal.

Ainda enrolada na toalha, exclamei : - Tsunami! Caramba! Nem sei em que velocidade corri para o telefone e, imediatamente , falei com todos os meus amigos em ligações frenéticas e telegráficas, para que se acautelassem sobre a iminente catástrofe. Mandei ainda vários e-mails, postei notícia no blog, orkut,twitter pedindo que a informação sobre a tragédia que se aproximava, fosse repassada, rapidamente, ao maior número de pessoas possíveis.

Por fim, telefonei para o meu irmão e perguntei: - Renato, você ouviu a notícia da Tsunami?
- Não, não ouvi nada a respeito. Você tem certeza de que é isso mesmo? Respondeu ele em tom de incredulidade.
-Bom,vou confirmar. Eu ligo para você de volta daqui a pouco, disse-lhe eu.

Apavorada, e com as mãos trêmulas, liguei para o plantão do jornal diário da cidade, já que o número da rádio, estava sempre ocupado.

- Alô, bom-dia, redator -chefe Luiz falando.
-Alô, bom-dia "seu" Luiz. O Sr. sabe me dar mais dados sobre a onda gigante que vai atingir Santos hoje? Isto é, a Tsunami?
-Tsunami? Aqui ? Hoje? Só um momentinho...
Depois de alguns segundos, voltou o Luiz, esbaforido ao telefone, e me respondeu:
- Veja, minha senhora, a informação que temos aqui é que chega hoje a Santos, o espetáculo teatral " A Tsunami nas ondas líricas do Oriente", com apresentação no Teatro Coliseu.
- Ah! Muito obrigada, Luiz. Disse eu, embasbacada , desligando o telefone . Eu, realmente, fiquei aliviada, mas naquela altura dos acontecimentos, a cidade já havia parado por conta de um estranho boato que circulava desde cedo, sobre uma onda gigante que destruiria Santos ...



Texto produzido por mim em um dos maravilhosos exercícios de produção textual da Professora Edna Aléssio. Delícia de aula!!!! - 1º Semestre de 2008 - Unisantos .

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Matéria - Agência Facos - Dezembro 2009

“UPA” E “CUPA”- OS BONDINHOS GENIAIS

Marcia Leite

Viver em Santos e não ir conhecer os bondinhos do Monte Serrat é quase um delito. Apelidados por “Upa" e "Cupa” os carros do funicular do Monte conservam as mesmas características da época da inauguração do elevador em 1927. Pintados nas cores verde e vermelha, abrigam até 40 pessoas em cada carro e fazem o transporte morro acima e morro abaixo, dos visitantes do que foi o antigo cassino e da Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat, a Padroeira da cidade, conforme deliberação da Câmara Municipal de Santos em 08 de setembro de 1955.
O passeio de subida ou descida do monte dura cerca de cinco minutos por viagem, com inclinação máxima de 71 graus e mínima de 62 e permite a apreciação de um panorama da cidade dos 253 metros de altitude. Para quem quiser, há uma lanchonete e belo mirante com vista de 360 graus da ilha de São Vicente. Ainda, no interior do lounge, há a escada dos espelhos que distorcem a imagem , um para para mais gordo e o outro para mais magro, fazendo a alegria da criançada. “ É muito legal ver o corpo esquisito “ disse Renato Ferreira Flores, 12 anos , que brincava no local com seus irmãos, Vivian e Bruno de 10 e 15 anos, respectivamente.
O espaço também é usado para exposição de fotografia de Felipe Ozores chamada " Passeio através da fotografia - Monte Serrat 1927-1956 que retrata a história d o antigo cassino e seus frequentadores famosos da época.
Para os fiéis, há na parte externa, a capela de Nossa Senhora do Monte Serrat , construída entre 1598 e 1609, por D. Francisco de Souza, o governador geral do estado da época, e devoto da Virgem, que abriga o testemunho de muitos milagres recebidos.
Atualmente, a capela passa por uma obra de restauro integral. Assim, até o término da reforma, que não tem data definida, o atendimento da secretaria da igreja é feito em uma barraca improvisada armada ao lado do templo. “Esse barracão foi erguido apenas para que os fiéis pudessem ser atendidos e não perdessem a viagem até aqui”. “Tem gente que sobe o morro pela esc ada para pagar uma promessa e são 415 degraus, por isso fizemos também um velário improvisado” disse a secretária da capela, Vera Lúcia de Almeida.
Por conta da reforma, a imagem de Nossa senhora está abrigada no Museu de Arte Sacra de Santos . Reponde pela capela o Pe. José Paul da Igreja Catedral de Santos. Há também, o salão do antigo cassino, que foi palco de muito glamour nos tempos da era do rádio, mas que está desativado desde a proibição do jogo no Brasil em 1947. Hoje é alugado para festas, casamentos e eventos.
Ao explicar o funcionamento dos bondes, os auxiliares de transporte do Cassino Elevador Monte Serrat Ltda ,Eduardo Caetano e Antonio Gonçalo Mendes , esclarecem que o funicular trabalha no sistema de elevador, pois, há um cabo ligando os dois carros que deslizam sobre os trilhos construídos em paralelo e unidos no formato de funil, daí o nome funicular; assim, a medida em que um carro é puxado pelo motor instalado no alto do morro, o outro é lançado para baixo. Integram também a equipe de trabalho dos auxiliares de transporte mais dois funcionários, num total de 4 operadores, possibilitando o revezamento entre as funções de bilheteria, maquinista e casa de máquinas.
A atração extra e motivo de muitas risadas aos turistas fica por conta da cacofonia dos nomes dos bondes , pois não há como deixar de rir com a explicação, sobre a origem dos apelidos, atribuída à cultura popular : ”É, é verdade sim, chamam-se Upa e Cupa " disse Gonçalo em tom de brincadeira, quando perguntado sobre o assunto, fazendo referência ao fato de ser "Upa" o que sobe e o "Cupa", o que desce .
O Cassino Monte Serrat tem administração particular e consta do roteiro turístico oficial da cidade. Funciona diariamente das 08 às 20 horas , inclusive domingos e feriados com intervalo de 20 minutos por viagem. Os ingressos custam R$ 17,00 . Crianças de até 8 anos não pagam.

Matéria - Agência Facos - outubro 2009

Foto - Marcia Leite

Corveta Frontin é aberta a visitação pública em Santos neste domingo

Marcia Leite

A Corveta Frontin estará aberta a visitação pública , domingo, dia 25 das 14 às 18 horas. A Frontin está atracada no cais da Capitania dos Portos entre os armazéns 27 e 29 do Porto de Santos e é a quarta corveta da classe “Inhaúma” tem 95,75 metros de comprimento, 11,4 metros de boca máxima, calado carregado de 5,20 metros e deslocamento carregado de 1032 toneladas com velocidade máxima de 26 nós. Possui dois lançadores duplos de mísseis, um canhão de 4.5 polegadas e dois canhões de 40 mm, dois lançadores triplos de torpedo e um helicóptero de emprego em ações de superfície e antisubmarino.



Segundo o capitão de Fragata Francisco Neves, responsável pela embarcação, a Corveta Frontin realiza, tradicionalmente, operações com as Marinhas aliadas, como a que ocorreu em setembro último com a Marinha Francesa, no adestramento das Forças, realizada na área marítima do Rio de Janeiro. De acordo com Neves, a Frontin realizou, recentemente,missão de apoio à Ilha da Trindade, situada a 1.500 quilômetros da Costa do Espírito Santo, com a entrega de 15 toneladas e mantimentos aos habitantes da ilha, além da troca da guanição militar de 40 homens.


Neves esclareceu ainda, que a Frontin realiza patrulha naval para fiscalização no cumprimento das lei sob a jurisdição do território brasileiro e já fez operações de vigilância por helicópteros na bacia do pré-sal no campo de Tupi.



O navio, de escolta de médio porte, completou em março de 2009, 15 anos de incorporação à Marinha do Brasil e tem emprego em áreas costeiras e oceânicas, possui capacidade para realizar ações de superfície antinavio, antisubmarino, de esclarecimento, defesa antiaérea, apoio de fogo naval nas operações anfíbias, proteção ao tráfego marítimo, navegação de uso do mar ao inimigo e ações de presença.


A tripulação da Corveta é composta de comandante, 20 oficiais e 106 praças, já participou de operações especiais como Aspirantex, Dragão, Endurance e Aderex e recentemente, de ações conjuntas com as Marinhas, Uruguaia, Argentina e Norte Americana.


Foto - Marcia leite

TRABALHOS ACADÊMICOS - JORNALISMO

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO
4º SEMESTRE NOTURNO
DISCIPLINA : ÉTICA
PROFESSOR MARCUS VINÍCIUS BATISTA
ALUNA : MARCIA ELISABETH LEITE

Análise do filme “ INTRIGAS DE ESTADO “ e o tema
“A MÍDIA COMO ESPETÁCULO”



O Filme retrata a velha relação conflituosa entre o idealismo jornalístico e as necessidades econômicoempresariais do jornal.
No caso, polarizam a cena Russell Crowe, no papel de um jornalista experiente, e Rachel McAdams, no papel de blogueira midiática.
Bem, o tema é chavão, mas bem roteirizado, aliado a excelente interpretação de Crowe, um charme a parte, que apaixona com o seu adorável Cal, bem ao estilo dos deliciosos e românticos antiheróis que gosta de protagonizar, como em “Um Bom Ano” e “ Mentes brilhantes “.
O foco central deste discurso analítico é a mídia como espetáculo. Ou seja, vale a notícia ou o espetáculo dela? O que vende mais jornal?
Tenho para mim, que o assunto é e será sempre recorrente, cabendo aos empresários e a nós próprios, enquanto profissionais de comunicação, saber temperar esse mix de necessidades. Por que não pode ser “tudojuntoemisturado”? Como? Fácil, vamos mixar a notícia-verdade com o espetáculo. Tal como um banquete. Serve-se os aperitivos, dá-se o consomé, janta-se a entrada, depois, o prato principal, com duas opções, após, a sobremesa, o cafezinho , o licor e o chocolatinho digestivo.
O Limão.com do Estadão é um bom exemplo desta sacada empresarial. O velho e bom Estadão, jornal da categoria “para velhos”, está tentando a aproximação com a moçada pelo Limão. Pessoas inteligentes! Será que um jornalista discordaria dessa estratégia?
Saiam dos guetos, jornalistas, por favor!!!!
Na verdade, me incomoda muito esse estigma paradoxal de perfis. De um lado o empresarial dos jornais e do outro a postura dos jornalistas, ora submissos totais ao editor, ora puxando a faca da bainha para a briga, do tipo, “se não for do meu jeito não vai ser de jeito nenhum “.
Será que não existe diálogo no jornalismo? Caramba! Será que não há possibilidade de um ouvir e ponderar o que o outro quer dizer?
Parece que há uma padronização dos editores em perfis de carrascos. Será que é assim mesmo? A mim soa como cenário, muito embora alguns professores da casa, encarnem com fidelidade o personagem em redações laboratoriais ( sem citação de nomes, please).
Convenhamos, é muita intransigência e inflexibilidade.
Chega até a soar ridículo o paradoxo. Veja que, recentemente, em sala de aula, uma professora defendia a idéia de que, seria melhor não trabalhar, a pensar na notícia também como um produto de venda.
Por quê? E por acaso não é produto? Por acaso não é consumida?O jornal não é vendido?
Perguntei a ela se fosse convidada para dirigir um jornal se ela aceitaria. Houve, evidentemente, um silêncio constrangedor como resposta. E, pasme! Meia hora depois, a declaração em tom envernizado. “- Marcia , é claro que eu aceitaria, mas iria ponderar sobre as notícias a serem veiculadas.” Pombas!!! Demorou para responder não é mesmo? Veio de navio, lá da Revolução dos Cravos !!
Bem, é isso. Eu entendo a pedagogia da casa, mas, confesso que o cachimbo fez a minha boca torta e raciocino mais no âmbito de gerenciamento empresarial. Tenho cá certas convicções de modernidade para o jornalismo.
Tantos cursos de logística, administração etc etc etc, por que este assunto ideológico batido?
Alô, alô galera da faculdade e da defesa do diploma !! Vamos incrementar o lado empresarial aí gente!!!!
Ah, me esqueci ..., o sindicato não vai gostar ...
Por que não ensinar a ser um bom jornalista/empresário?
Precisam de algum suporte jurídico ? Estou às ordens!!!
Há notícia? Há verdade? Vamos procurá-las, e se possível, mostrá-las ( às vezes não o é , sem demagogia).
Há espetáculo para a venda? Ótimo. Vamos temperar com criatividade, bom gosto e bom senso, e vamos dar o show.
Tal como acontece nas novelas, há de haver muito choro, idas e vindas, para deixar o público bastante interessado pelo óbvio desfecho; o casamento e/ou a punição do vilão!!! Tudo muito bem dosado, evidentemente, para que não caia no descrédito e na vala das mídias classe “C” de baixo nível.
Infelizmente, para a maioria das pessoas, a vida verdadeira e o seus “preto e branco” já bastam no dia a dia. Assim, penso que valem o talento, vontade e bom senso para a solução do impasse, no objetivo de atingir o equilíbrio perfeito, entre notícia e espetáculo.


Beijo, Prof.

Marcia Leite

domingo, 20 de dezembro de 2009

OLÁ!!!!
VEJAM O BLOG DA MARIA VITORIA. ESTÁ MUITO LEGAL!!!
BEIJOS!!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Grande Inauguracao

Olá! Nem sei bem para quem, em todo caso ...
Bem, vou inaugurar meu blog!
Salut!